quinta-feira, 8 de maio de 2014

Mock Draft - Green Bay Packers

Welcome to Primetime!
Ah, o Draft. Adiado propositalmente pela NFL para maio, propiciando discussões ainda mais vorazes sobre o free agency e mudanças de draft stock dos jogadores, é certamente o momento mais esperado da offseason. Mock drafts se modificam a todo instante, e são verdadeiros castelos de cartas. Uma escolha diferente da prevista já derruba (seja parcial ou totalmente) o mock.

Neste post, tentamos fazer uma previsão das escolhas do Green Bay Packers, que possuem 9 neste draft, de acordo com as suas necessidades e com os melhores jogadores disponíveis até o ponto de suas possíveis seleções. Nas rodadas finais, é bem provável que as escolhas feitas fracassem, pois é praticamente impossível prever escolhas com um leque muito amplo de opções de jogadores em diferentes posições. Eventuais trocas de escolhas foram desconsideradas.

1st round, Pick 21 - C.J. Mosley, ILB, Alabama

CJ Mosley é o melhor prospect de ILB no draft. Isto é unanimidade. Com 1,88m e 106 kg, é forte, atlético, versátil, possui um alto QI futebolístico, raramente cometendo falhas mentais e sempre prestando atenção na bola. Liderou Alabama em tackles na temporada passada (108). É uma peça perfeita para a formação 3-4 de Green Bay, fazendo parceria com A.J. Hawk na posição, procurando fortalecer a defesa contra o jogo terrestre, que esteve entre as dez piores na temporada passada.

Claro, existe também a necessidade de proteger a secundária, pois a defesa contra o jogo aéreo também sofre. Entretanto, é possível recrutar um safety em rodadas inferiores sem maiores danos, pois a classe de safeties é levemente superior.

Suas credenciais o colocam como um jogador Top 15 do Draft. Entretanto, como a procura por ILBs é baixa devido à desvalorização da posição e da classe, a possibilidade de cair até a escolha dos Packers é tangível e não pode ser desconsiderada.

2nd round, Pick 53 - Terrence Brooks, FS, Florida State


Peça importante da defesa dos Seminoles que terminou a temporada como campeã nacional, Terrence Brooks nada deve em qualidade em relação aos principais safeties da classe. Mas então por que diabos ele está tão mal cotado? Por causa da sua altura. Com 1,78m e 91 kg, é inferior em estatura, se comparado com os dois principais prospects da classe, Calvin Pryor e Ha'Sean Clinton-Dix, que devem sair no Top 20 do Draft.

1,78m é uma altura considerada insuficiente para um tipo de jogador que possui a função de marcar Tight Ends, principalmente. Brooks compensa isso com braços largos e uma impulsão de salto acima da média.

Além disso, Brooks tem como pontos fortes o seu forte equilíbrio, a sua grande velocidade em linha reta e uma capacidade impressionante de explosão, que faz com que seja bastante agressivo para buscar o tackle. Muda bastante de direção na cobertura, o que faz com que posicione-se bem para defender a bola. Versátil, pode atuar, se necessário, de CB (embora não tenha a velocidade necessária para ser um) e de LB, enganando o ataque adversário.

Tem como pontos fracos a já citada baixa estatura, que pode limitar sua marcação a jogadores de baixa estatura parecidos com ele, a alta agressividade que, embora ajude em alguns pontos, faz com que perca alguns tackles de vez em quando; O fraco trabalho de mãos, que o faz "dropar" interceptações fáceis (isso ocorreu muito com ele na temporada passada em Florida State).

Com estas características, é um jogador ideal para marcar slot receivers e TE menos avantajados fisicamente. Tem tudo para ser um grande steal, pois foi desvalorizado por alguns pequenos defeitos. Os Packers, portanto, preenchem uma de suas principais necessidades com uma pick não tão alta de um jogador de alto nível sem acabar supervalorizando um jogador.

3rd round, Pick 85 - Troy Niklas, TE, Notre Dame


O ex-Fighting Irish preenche uma necessidade importante da franquia. Desde que Jermichael Finley fraturou a medula espinhal e ninguém sabe se ele realmente terá condições de jogar futebol americano profissionalmente de novo, a equipe conta com os seguintes TEs:

- Brandon Bostick;
- Andrew Quarless;
- Jake Stoneburner;
- Taylor Ryan;
- Raymond Webber;

Você provavelmente conhece, no máximo, um ou dois deles. Compreensível. Nenhum deles é de alto nível (talvez o melhor deles seja Quarless, e que mesmo assim não possui qualidade suficiente pra ser o principal TE de uma franquia), sendo que todos vieram de universidades pequenas, quase desconhecidas do público em geral.

Troy Niklas terminou a temporada passada com 32 recepções para 498 jardas e 5 touchdowns. Com 1,98m e 122 kg, é um dos melhores TEs da classe, cotado para sair na metade da 3ª rodada, com a possibilidade de ainda estar disponível até este ponto do draft. Tem como pontos fortes o fato de ser alto, fortes, com braços longos, ser um excelente bloqueador, vencendo a batalha física contra os defensores, arrastanto tackles por longas distâncias. Utiliza-se da sua alta estatura e sua boa impulsão para fazer recepções com forte cobertura e pode ser utilizado em um amplo leque de formações e jogadas. Pesa contra o fato de não ser rápido o suficiente para um Tight End de elite e de geralmente não percorrer toda a rota pelo fato de fazer recepções no meio de sua rota, muito por receber passes rápidos. Precisa ser testado nestas situações ainda.

Apesar de tudo, tem tudo para ser um bom jogador na NFL. Seria um alvo importante para Aaron Rodgers em situações-chave. Os Packers gastam muito bem uma escolha de draft na sua maior necessidade ofensiva por um valor consideravelmente baixo.

3rd round, Pick 98 (Escolha Compensatória) - Travis Swanson, C, Arkansas


Os Packers possuem apenas um center nato em seu roster (o outro é um Guard, originalmente). Draftar um center seria o ideal (e é bem provável que ocorra), e Travis Swanson é um dos melhores da classe, ainda que a classe deste ano seja fraca.

Com 1,96m e 144 kg, Swanson possui capacidade atlética para puxar os defensive linemens para a frente, abrindo espaços para o jogo terrestre (Eddie Lacy dá pulos de alegria). Além disso, apresenta consistência na proteção ao quarterback e é inteligente para fazer chamadas de linha, importantes para abrir espaços para uma corrida ou proteger melhor o passe. Peca na proteção das extremidades da linha e é lento, o que pode o dificultar para bloquear em screen passes. Tem muito a evoluir ainda. É bem provável que esteja disponível até a escolha dos Packers.


4th round, Pick 121 - Justin Ellis, DT, Louisiana Tech


Quem assistiu a temporada passada dos Packers, sabe muito bem das dificuldades encontradas pelo time no pass-rush, que foi um dos piores em jardas cedidas, tanto nas trincheiras quanto no jogo aéreo.

A criança de 1,88m e 151 kg vem para amadurecer no banco enquanto B.J. Raji é o NT titular. Ambos possuem o mesmo biotipo físico (são iguais em estatura, porém Ellis é apenas 2 kg mais "leve" que Raji). É uma aposta futura que apresenta um futuro promissor, segundo especialistas.

Apresenta um corpo grande, largo e apresenta um bom trabalho de mãos, livrando-se facilmente de seus bloqueadores, além de ser versátil (atuou em várias posições defensivas no College). Pesam contra: Não consegue manter seu equilíbrio e precisa saber atacar melhor os gaps (espaços entre os jogadores de linha ofensiva). Precisa também apresentar uma curvatura menor do corpo para poder defender de maneira mais consistente, além de precisar apresentar um maior repertório de movimentos do braço e saber se desmarcar de bloqueios duplos, algo importantíssimo para um jogador da posição.

Por ser um jogador extremamente pesado é forte, biotipo ideal para ser um nose tackle, encaixaria muito bem no esquema 3-4 dos Packers, caso ainda esteja disponível. Se B.J. Raji não apresentar seu melhor desempenho, corre riscos de perder a titularidade para seu novo concorrente.

5th round, Pick 161 - Khairi Fortt, OLB, California


Os Packers irão demorar para recrutar um jogador para a posição ao recrutar jogadores para posições mais importantes. Mesmo assim, terão recrutado um bom jogador. Apesar de sua universidade ter vencido apenas um jogo na temporada passada, Khairi se destacou em pontos como a sua capacidade de explosão e sua velocidade, além de apresentar braços longos e ter bons movimentos laterais, podendo ser um bom pass-rusher e marcando TEs e slot receivers na NFL, possivelmente. Entretanto, peca em pontos como o ângulo tomado para buscar tacklear os jogadores, considerado muito agressivo por especialistas. Com 1,88m e 109 kg, é um jogador bem robusto.

Suas características o colocam mais para ser um jogador para o futuro. Considerando que o lado esquerdo do corpo de linebackers dos Packers sofre com uma verdadeira incógnita na posição, Khairi Fortt pode adquirir experiência no banco para ser um bom jogador no futuro.

5th round, Pick 176 (Escolha Compensatória) - Russell Bodine, OG, North Carolina


Apesar da linha ofensiva não ser um problema imediato, nunca é demais reforçar a posição, nem que seja para momentaneamente ser um backup.
A franquia possui 5 Guards no roster atualmente. Portanto, Bodine pode ser melhor lapidado pelo treinador ao longo das temporadas que virão.

Com 1,92m e 140 kg, Russell possui grande capacidade atlética; com um grande trabalho de socos, consegue proteger bem o quarterback e consegue chegar até ao segundo nível da defesa, abrindo espaços para o jogo terrestre (Eddie Lacy dá pulos de alegria novamente). É alerta e competitivo, raramente sendo surpreendido (rimou). Como pontos fracos, destacam-se os fatos de inicialmente ser frequentemente empurrado para dentro do pocket nos snaps, embora geralmente consiga se recuperar depois, e o fato de ter braços mais curtos que a média, o que já o impede de ser um tackle e o complica mesmo sendo guard.

Caso esteja disponível, é uma boa escolha. As lesões são algo marcante em Green Bay durante a temporada, e manter um grupo pequeno de guards para a posição é arriscado e não recomendável - a proteção a Aaron Rodgers não pode ser relegada a segundo plano. E para o futuro, quando chegar ao seu auge, poderá ser um grande jogador.

6th round, Pick 197 - Dontae Johnson, CB, North Carolina State


Você deve estar se perguntando: por que escolher um cornerback sendo que esta não é uma necessidade imediata? Bem, podemos citar vários motivos. Cornerbacks costumam levar um tempo maior de adaptação do College para a NFL, pois as regras são diferentes e as coberturas são muito mais complexas que no College; Tramon Williams está com 31 anos e está em seu último ano de contrato (se vai renovar ou não, não se sabe, embora a idade considerada avançada para um CB certamente prejudique); entre outros.

Com 1,88m e 90 kg, foi o 3º Defensive Back mais alto do Combine, realizado anualmente no Lucas Oil Stadium, estádio do Indianapolis Colts. É rápido (fez em 4.45 segundos o 40 yard dash), consegue fazer uma boa leitura dos olhos do quarterback; Apresenta boa explosão inicial, apesar da estatura. Fisicamente forte, é bom jogador na cobertura em chamadas de Cover 3 (3 jogadores no fundo do campo cuidando de uma zona específica). Entretanto, muitos de seus defeitos são consequências de suas qualidades: demora para reagir em algumas situações, perde-se no meio da rota ao prestar atenção no quarterback, dando muito espaço livre para o receiver adversário.

Em 4 anos como um Wolfpack, contabilizou 200 tackles, 15 passes defendidos e 3 interceptações (todas nesta última temporada).

Outro jogador para o futuro. Seu real impacto só poderá ser visto dentro de alguns anos, com a sua total adaptação para a NFL. É bom ficar de olho.

7th round, Pick 236 - Matt Hazel, WR, Coastal Carolina


Bem, é a última escolha de Green Bay no draft, há poucas opções de jogadores bons. É a escolha de maior incógnita.

Com a saída de James Jones para o Oakland Raiders, os Packers perderam um pouco do seu tão característico forte corpo de WRs, que já contava também com Greg Jennings, hoje no Minnesota Vikings. Com isso, irão dar uma chance para um recebedor que vem de uma universidade inferior, que faz parte da FCS (que é a 2ª divisão da NCAA) para ver se a escolha realmente valerá a pena. Em sua carreira universitária, recebeu para mais de 2.500 jardas.

Com 1,86m e 89 kg, tem passadas largas que o fazem ter uma boa aceleração no percorrer de suas rotas, é flexível e possui paciência para enganar defensores. Entretanto, é fraco fisicamente, não servindo, portanto, como um bloqueador; precisa melhorar seu trabalho de pernas e a separação da bola e do defensor em lances do tipo. E atuou na fraca Big South, contra adversários igualmente fracos.

É a escolha que ninguém dá nada por ela e pouco se espera. Pode se tornar um receiver secundário dentro alguns anos, caso tudo dê certo. Mas primeiro terá que sobreviver aos cortes da pré-temporada.


*Post feito em parceria com o NFL Draft Brasil.

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