terça-feira, 27 de maio de 2014

Análise do Draft: San Francisco 49ers


"Meu Deus do céu! O que esses caras fizeram???", "Espera aí, as vezes esse cara possa se encaixar por ali.", "Tinha necessidade de fazer uma troca por esse cara?", "É, realmente esse cara não vai jogar agora. Mas se você pensar no futuro...", "Não, essa eu realmente não entendi.". Dentre outras, essas foram as minhas reações mais comuns ao ver, um por um, os nomes dos jogadores escolhidos pelo GM Trent Baalke e as movimentações feitas por ele durante o draft. Agora, passados já quase um mês do evento, vamos aqui dar os nossos pitacos.

Relembrando os jogadores escolhidos pelo time:

#30 - Jimmie Ward, DB, Northern Illinois
#57 - Carlos Hyde, RB, Ohio State
#70 - Marcus Martin, C, USC
#77 - Chris Borland, ILB, Wisconsin
#100 - Brandon Thomas, G, Clemson
#106 - Bruce Ellington, WR, South Carolina
#129 - Dontae Johnson, CB, NC State
#150 - Aaron Lynch, DE/OLB, South Florida
#170 - Keith Reaser, CB, Florida Atlantic
#180 - Kenneth Acker, CB, Southern Methodist
#243 - Kaleb Ramsey, DE, Boston College
#245 - Trey Millard, FB, Oklahoma

Bem, assim como muitos, eu imaginava que o time fosse subir no 1º round para escolher um dos top CB ou WR. Mas o tempo foi passando, os jogadores foram sendo escolhidos, e nada de San Francisco se mexer. Quando chegamos na nossa escolha, os cornerbacks previstos para saírem no 1º round já tinham todos saído, então a expectativa era pela escolha de um recebedor. Mas... surpresa! Ward era um safety cotado para sair no começo do 2º round, e que foi escolhido para atuar como nickelback (um 3º CB que marca o recebedor que alinha no slot) e deve voltar para a sua posição original quando Antoine Bethea se aposentar. Não era a escolha que eu esperava, mas foi um bom movimento.

Na sexta-feira, antes do 2º round começar, uma notícia: os 49ers trocaram uma escolha do 4º round de 2015 (guardem isso) pelo WR Stevie Johnson, dos Bills. Chegando a noite, o time detinha originalmente a escolha #56, mas fez um trade down com o Denver Broncos, pelas escolhas #63, alémnde uma escolha de 5º round e outra no 4º round de 2015. Na escolha seguinte, que pertencia ao Miami Dolphins, Baalke resolveu subir e cedeu aos Phins a pick #63 e o 5º round que acabara de receber de Denver. O jogador escolhido, Carlos Hyde, seria o mesmo, e o time lucrou uma escolha de 4º round de 2015, recuperando o valor investido na troca por Johnson. Ou seja, Stevie veio "de graça". Movimento magistral de Baalke. Quanto a Hyde, ele não deve ver muito tempo de jogo imediatamente, mas Frank Gore já não é mais menino, LaMichael James pediu para ser trocado e Marcus Lattimore é uma incógnita, devido aos seus problemas físicos. Carlos pode vir a ser muito útil no futuro.

No 3º dia, é tudo muito corrido, então vamos seguir o ritmo aqui também. Marcus Martin vem para substituir Jonathan Goodwin, e acredito que seja titular logo de cara. Chris Borland deve disputar com Michael Wilhoite a posição de titular enquanto Bowman se recupera de lesão. Quando NaVorro voltar, ele deve fazer parte do time de especialistas. Brandon Thomas é um jogador com potencial gigantesco, mas que se machucou e deve passar 2014 inteiro na lista de lesionados (situação parecida com a de Marcus Lattimore no ano passado). Bruce Ellington foi uma ótima escolha, é um WR bastante rápido. Nosso corpo de recebedores, que era um dos pontos fracos no ano passado, agora é considerado como um dos melhores da Liga.

Falei sobre Dontae Jonhson no meu mock draft e acredito que ele consiga se destacar rapidamente. Aaron Lynch era considerado um talento de 1º round, mas arrumou tantos prolemas que trocou de Universidade e despencou para a 5ª rodada. Os relatos vindo dos EUA dizem que ele e Ellington vem mandando muito bem nos primeiros treinamentos da pré-temporada. A conferir o comportamento deles. Quanto aos demais jogadores, eles vem para fazer número. Inicialmente, se algum deles fizer parte do elenco final de 53 jogadores, ao fim da pré-temporada, já estará de bom tamanho.

Resumindo: para dar uma nota ao draft do time (de 0 a 10), eu avaliaria com um 8,5. O draft não pode ser pensado apenas nas necessidades imediatas, mas também anos a frente, e isso Harbaugh e Baalke fizeram muito bem. O time ainda ganhou uma boa profundidade em várias posições, o que é importante demais em um esporte onde o número de jogadores contundidos é sempre muito alto. A nota só não é maior porque a secundária ainda não inspira aquela confiança, em uma liga cada vez mais aérea.

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